1. Amo ao Senhor, porque ele ouve a minha voz e a minha súplica.
2. Porque inclina para mim o seu ouvido, invocá-lo-ei enquanto viver.
O salmista declara seu amor pelo Senhor num momento de profunda angústia, e também o declara, porque Ele ouve o seu clamor.
É a decisão de se abrir com a pessoa certa. Invocar Aquele que tem poder para responder e agir!
3. Os laços da morte me cercaram; as angústias do Seol se apoderaram de mim; sofri tribulação e tristeza.
4. Então invoquei o nome do Senhor, dizendo: Ó Senhor, eu te rogo, livra-me.
Sentimentos de morte estavam o cercando. Talvez o pânico, a depressão? De fato era uma angústia “de morte”, uma angústia “do inferno”.
5. Compassivo é o Senhor, e justo; sim, misericordioso é o nosso Deus.
6. O Senhor guarda os simples; quando me acho abatido, ele me salva.
Que bom que Ele tem compaixão de mim! Ele é justo, misericordioso! Na minha simplicidade, quando abatido, eu sou salvo por Ele! O Senhor não me deixará nessa situação! Por isso eu digo a mim mesmo:
7. Volta, minha alma, ao teu repouso, pois o Senhor te fez bem.
8. Pois livraste a minha alma da morte, os meus olhos das lágrimas, e os meus pés de tropeçar.
Muitas vezes a sensação que temos é que, a angústia é tão grande a ponto de sentirmos que vamos “chutar o balde”, ou sentimos que algo trágico possa acontecer conosco, o que seria a nossa “queda”, ou a nossa “morte”.
9. Andarei perante o Senhor, na terra dos viventes.
Aleluia!
10. Cri, por isso falei; estive muito aflito.
O justo viverá pela fé, e sua boca deve falar de acordo com sua fé. Com o coração nós cremos, com a boca, confessamos!
11. Eu dizia na minha precipitação: Todos os homens são mentirosos.
Quando estamos numa situação extrema, generalizamos a condição humana. É quando sentimos a falsidade na pele, a apunhalada nas costas, enfim, quando ficamos sozinhos, e pensamos: todos são mentirosos!
12. Que darei eu ao Senhor por todos os benefícios que me tem feito?
13. Tomarei o cálice da salvação, e invocarei o nome do Senhor.
14. Pagarei os meus votos ao Senhor, na presença de todo o seu povo.
Então nós lembramos, ao clamar o Senhor, que Ele tem promessas a nós, e que um dia, diante d’Ele, nós fizemos promessas também, de segui-lo, custe o que custar, de viver por Ele, de amá-Lo acima de todas as coisas!
15. Preciosa é à vista do Senhor a morte dos seus santos.
16. Ó Senhor, deveras sou teu servo; sou teu servo, filho da tua serva; soltaste as minhas cadeias.
O medo da morte vai embora quando nós lembramos que somos d’Ele, e que, ao morrer, não morreremos de fato, mas apenas partiremos para estar PARA SEMPRE COM ELE.
Somos apenas servos d’Ele. Nossa vida é um sopro, portanto, Ele é quem dá, Ele é quem toma. Estamos em Suas mãos!
17. Oferecer-te-ei sacrifícios de ação de graças, e invocarei o nome do Senhor.
18. Pagarei os meus votos ao Senhor, na presença de todo o seu povo,
19. nos átrios da casa do Senhor, no meio de ti, ó Jerusalém! Louvai ao Senhor (Sl 116).
Finalizando então, ele diz que “cumprirá” tudo o que disse na presença do Senhor e na assembleia dos santos, e com um coração cheio de gratidão oferecerá sacrifícios de louvor, nos Átrios do Senhor!
Esse Salmo descreve perfeitamente a alma justa, aflita! Farei dela a minha oração, neste dia.
Vinícius de Oliveira